Santo do dia

 

São Gregório, o Magno

3 de Setembro de 2018

 


Gregório I, papa, Gregório o magno ou Gregório, o grande, nasceu em Roma filho de Gordiaus e de Santa Silvia, ele começou a sua promissora carreira secular como advogado e recebeu a indicação para prefeito da cidade e foi um bom administrador.

Mas logo abandonou a vida secular e abraçou a vida religiosa, convertendo sua mansão na Colina de Caelian no monastério de Santo André, e fundando seis outros nas terras de sua família na Sicília.

Entrou para um monastério beneditino e foi ordenado sacerdote pelo papa Pelagius II (579-590) e em 578 ele foi nomeado Núncio Apostólico. Em 579 ele representou o Papa em Constantinopla (hoje Istambul–Turquia) e ficou por lá até 586.

Retornando a Roma, ele serviu como Abade do monastério de Santo André até 590 quando Pelagius II veio a falecer, e Gregório foi unanimemente eleito seu sucessor, sendo consagrado em 3 de setembro de 590 a despeito de sua relutância em aceitar os grande encargos do papado na época.

 As obras do seu pontificado garantiram o seu lugar na historia e ele é considerado o fundador do papado medieval. Havia uma fronteira separando os monges dos padres na época e os bispos mandavam nos monges e nos monastérios interferindo as vezes nas regras das varias ordens, provocando certo mal estar.

Gregório conduziu uma vasta reforma do clero e dos negócios da Igreja e estabeleceu regras para a pratica religiosa no livro de regras pastorais "Liber Regulae Pastoralis" e promoveu o monasticismo, (proibiu os bispos de interferirem nos monastérios e deixou os Abades como responsáveis e respondendo diretamente ao papa).

Nomeou vários monges para a Santa Sé e enviou Santo Agostinho e outros 40 outros monges do seu Monteiro em Caelian para a Inglaterra onde eles iniciaram a conversão dos ingleses para o cristianismo.

A experiência como prefeito de Roma deu a ele uma visão de administrador que o papas anteriores não dispunham.

Diz a tradição que ele teria aconselhado a Santo Agostinho a não destruir os tempos pagãos e sim destruir somente os ídolos, convertendo os templos em capelas e igrejas, e ainda aproveitando os dias de festa, para comemorar as festas cristãs. Isto minimizou a resistência dos pagãos ao cristianismo e esta técnica foi utilizada de novo, séculos depois, na conversão dos índios nas América.

 Ele é tido também como o criador de uma forma musical de adoração chamada de Canto Gregoriano e ele ainda contribuiu com varias orações conhecidas como o "Sacramentário Gregoriano". Como Roma, era um Estado com varias crises políticas – devido ao avanço dos Lombardes e uma virtual desintegração do governo civil, Gregório foi forçado a tomar a frente de vários postos de comando e ações seculares.

Ele resgatou vários cativos dos Lombardes e concluiu um acordo com os Lombardes para acabar com o cerco a Roma e ignorou o governador Bizantino da Itália, ao mesmo tempo que assegurou ao imperador Bizantino o reconhecimento da sua soberania imperial.

Ele também reconstruiu Roma destruída por vários desastres naturais e lançou uma serie de programas de caridade para alimentar uma grande porção da população faminta, em Roma e em toda a Itália. Este foi o projeto ao qual dava a maior importância e ele certa vez chorou abertamente ao saber que vários haviam morrido de fome em Roma.
Diz ainda a tradição que ele tinha o costume de, em certas noites, convidar para jantar e conversar 12 pobres, como se fossem os doze apóstolos.

 Certo dia ele notou que havia 13 e não doze, e chamando a cozinheira perguntou quem era ele e ela respondeu após conta-los: " Santo Padre, o senhor esta equivocado, só estão aqui doze pessoas".

Mas Gregório ainda contava treze, assim, após o jantar ele chamou o décimo terceiro convidado e perguntou:
"Quem é você" e o convidado respondeu: "Eu sou um pobre homem que você acaba de saciar e através de mim obterá o que pedir de Deus". Só então Gregório percebeu que havia jantado com o Senhor Jesus.

Foi um escritor notável e autor de vários tratados, inclusive do famoso "Diálogos" e do "Liber Regulae Pastoralis" (onde enumerou os vários deveres de um bispo) e uma coleção com a vida de vários santos, visões e profecias. Escreveu ainda "Magna Moralis", um trabalho exegeta do Livro de Jó, e varias homilias sobre os evangelhos, e 850 cartas pastorais. Gregório era um santo e humilde pontífice.

 Certa vez falando de si próprio ele se descreveu como "Servus Servorum Dei" (Servo dos servos de Deus). Ele faleceu em 12 de março de 604 em Roma, e foi canonizado por aclamação. Ele e o Papa Leão I, foram os dois únicos papas a serem honrado com o nome "o magno".

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